segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Um dos maiores acidentes da década de 60

Um dos maiores acidentes da década de 60

Paula Waihrich Souza

No mês de janeiro do ano de 1966, aconteceu no município de Tramandaí um dos maiores acidentes já vistos na região.

Tramandaí já era considerada a maior praia do litoral gaúcho. A praia era sempre lotada de veranistas. As duas únicas ruas com calçamento eram a Avenida Fernandes Bastos e a Avenida Emancipação, sendo que a Avenida da Igreja e a Avenida Beira mar, na época ensaibrada, já recebiam os primeiros indícios de pavimentação. A Prefeitura já era localizada na Avenida da Igreja. Não existia o Gigantinho e a única ponte de travessia para o Imbé era de madeira e possuía sinaleira, pois o tráfego era somente em um sentido.

A saúde para a época, já não mais respirava, havia somente o hospital Mário Totta. Durante a temporada o único médico da cidade Dr. Darci Ribeiro Pinto, abria seu Pronto Socorro particular que era localizado na Avenida da Igreja, no Edifício Três Amigos. Havia apenas duas ambulâncias, uma do município e outra pertencia ao Pronto Socorro.

Paulo, na época com oito anos de idade, voltava do escritório de seu pai e estava indo em direção a ponte, pois residia no município de Imbé,, quando se iniciou aquilo que foi considerado uma catástrofe. As duas únicas ambulâncias corriam com sirenes ligadas, sendo acompanhadas de camionetes particulares que carregavam na carroceria pessoas empilhadas em busca de socorro médico.

Eram dez horas da manhã, Paulo assistia a tudo e não entendia o que estava acontecendo. Os veículos vinham da beira da praia, corriam para o hospital Mário Totta e retornavam em direção à praia. E a correria continuou por muito tempo.

Paulo, muito curioso, retornou ao escritório de seu pai, ao lado do Pronto Socorro para saber do ocorrido. Quando lá chegou, todos comentavam o acontecido.

Um pequeno avião de prefixo PT-572, com capacidade para quatro passageiros, sendo tripulado somente por dois, deu uma rasante na beira da praia, próximo ao antigo Panorama sentido Barra. O avião saiu atropelando centenas de pessoas e, só veio a explodir quando parou, havendo a morte por carbonização de todos os tripulantes. O restante das vítimas foi medicado e os casos mais graves transferidos para Porto Alegre.

Até hoje não se sabe ao certo quantas pessoas morreram.

O avião ficou anos apreendido na Delegacia de Polícia, numa pracinha em frente às plataformas de pesca de Tramandaí.

Após o acidente, foi noticiado que os tripulantes do avião eram paulistas. Eles tinham participado de uma festa em Porto Alegre e beberam por toda a noite. Saíram da capital e estavam a caminho de casa quando ocorreu o acidente na praia de Tramandaí, num dia ensolarado e num local de intenso movimento de veranistas.

Contado por: Paulo Souza

5 comentários:

Jorge K. disse...

Lembro de estar na praia com alguns parentes naquela trágica manhã. Por sorte a aeronave caiu distante e nada sofremos. Vi os destroços do aparelho no pátio da delegacia. Triste dia.

Jorge

Unknown disse...

Ocorreu em 07/02/1967, os tripulantes não eram todos Paulistas como se diz, também não vinham de Porto Alegre para São Paulo, não passaram a noite em festa alguma como falam. O avião ia de São Paulo para Porto Alegre, nele estavam quatro pessoas sendo um deles o proprietário da aeronave que havia sido adquirida em São Paulo, o piloto era meu tio que pertencente a FAB, que foi contratado para levar a aeronave recém comprada para Porto Alegre.

Unknown disse...

Lembro-me, perfeitamente (tinha 13 anos), do ocorrido, pois estava na praia, dentro do mar, com uma prancha de isopor. O avião vinha em voo rasante, no sentido sul norte, por cima do mar, paralelo à praia, quando efetuou um giro de 180 graus, perdendo altitude e, já no sentido norte sul, também paralelo à praia, "capotou" varias vezes na areia (onde normalmente circulam as pessoas, rente ao mar). Saí da água e observei, que os dois passageiros da parte traseira do avião, ainda estavam no banco, segurados por seus cintos. A parte da frente, com o piloto e seu acompanhante, estava em outro local. Foi uma tragédia, pois não sabiamos quem havia sido atingido na praia (lembro da minha mãe gritando por mim).

Claudio Bittencourth disse...

Jamais esquecerei este dia, tinha 12 anos na época. Era um feriadão de carnaval, Tramandaí tinha um aeroclube que iniciava onde hoje é a Brigada Militar e segui em direção sul, não haviam casas como hoje há, era só campo e dunas de areia. Durante o feriadão, vários dias, aquela bimotor fazia sobrevoos por sobre a praia, quase que sempre no mesmo horário, pois o vi por mais de uma vez fazendo aquilo. Naquele dia como costume e sobrevoou a praia na direção sul norte, fez uma rasante muito baixa e ao tentar retornar bateu com a asa esquerda na areia da praia e ouviu-se duas explosões seguidas. Morreram carbonizados 4 tripulantes paulistas e 10 pessoas que banhavam-se no mar. Levaram alguns sobreviventes deitados em carrocerias de camionetas pickups até o Hospital Mario Totta. O mortos foram empilhados também em carrocerias de camionetas pickups. Naquele tempo não existia a Freewai, lembro que quando íamos embora daquele feriado, passávamos por alguns cortejos levando os mortos para as suas cidades de origem. O avião acidentado era um Piper bi motor, prefixo PTCLO, que depois ficou muito tempo no depósito da antiga Policia Civil, uma pracinha na esquina da Av. Beira Rio com Rua 12 de Abril. Pode ser que tenha cometido algum engano, mas do que me lembro foi mais ou menos isto.Quase não há registros sobre este acidente.

Claudio Bittencourth disse...

Jamais esquecerei este dia, tinha 12 anos na época. Era um feriadão de carnaval, Tramandaí tinha um aeroclube que iniciava onde hoje é a Brigada Militar e segui em direção sul, não haviam casas como hoje há, era só campo e dunas de areia. Durante o feriadão, vários dias, aquela bimotor fazia sobrevoos por sobre a praia, quase que sempre no mesmo horário, pois o vi por mais de uma vez fazendo aquilo. Naquele dia como costume e sobrevoou a praia na direção sul norte, fez uma rasante muito baixa e ao tentar retornar bateu com a asa esquerda na areia da praia e ouviu-se duas explosões seguidas. Morreram carbonizados 4 tripulantes paulistas e 10 pessoas que banhavam-se no mar. Levaram alguns sobreviventes deitados em carrocerias de camionetas pickups até o Hospital Mario Totta. O mortos foram empilhados também em carrocerias de camionetas pickups. Naquele tempo não existia a Freewai, lembro que quando íamos embora daquele feriado, passávamos por alguns cortejos levando os mortos para as suas cidades de origem. O avião acidentado era um Piper bi motor, prefixo PTCLO, que depois ficou muito tempo no depósito da antiga Policia Civil, uma pracinha na esquina da Av. Beira Rio com Rua 12 de Abril. Pode ser que tenha cometido algum engano, mas do que me lembro foi mais ou menos isto.Quase não há registros sobre este acidente.

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